História

Cortando o cabelo da Moça Nova. Nova Jerusalém,
T.I. Évare II, 25/06/2004.

História

O Museu Magüta é o primeiro museu indígena do Brasil, criado em 1991. A sua história se inicia com a criação, em maio de 1985, do Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões: Magüta (CDPAS/MAGUTA), uma entidade civil sem fins lucrativos, coordenada pelo antropólogo João Pacheco de Oliveira, cuja finalidade era apoiar os indígenas na valorização, fortalecimento e divulgação da cultura Tikuna e na luta por reconhecimento de direitos. Em 1986 apoiou a formação da Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngues (OGPTB), que ali realizou   muitas de suas reuniões e teve sua primeira sede. A partir de 1987, contando com apoios diferentes de algumas  entidades filantrópicas estrangeiras, como a ICCO (holandesa), Pão para o Mundo (alemã), OXFAM (inglesa) e Amigos da Terra (italiana), o MAGUTA expandiu muito as suas atividades. Sob a liderança de Pedro Inácio Pinheiro, Ngematucu:, capitão-geral dos Tikunas e presidente do Conselho Geral da Tribo Tikuna (CGTT), desenvolveu um programa de monitoramento e controle pelos próprios indígenas, com  das terras de ocupação tradicional em que viviam então mais de cem comunidades Tikuna no Alto Solimões, com  reuniões periódicas  das lideranças, um sistema de radiofonia e um jornal próprio. Em 1988, após o massacre do Capacete, o  MAGUTA foi o principal ponto de articulação e base de apoio do movimento indígena. A demarcação das terras Tikunas foi operacionalizada em 1992 através da atuação do CDPAS/MAGUTA e de um convênio com a FUNAI e uma agência financiadora austríaca (VIDC).

Inaugurado em 1991, o Museu Maguta chegou a receber em 1995 o reconhecimento internacional por meio de sua premiação como “Museu Símbolo”, conferida pelo Internacional Council of Museums (ICOM). Em 1998 Nino Fernandes,  em uma reunião de capitães, foi escolhido como seu Diretor, ali  permanecendo até a sua morte em 2017.  

O museu está instalado no centro da cidade de Benjamin Constant (Amazonas). Possui rica e extensa coleção de objetos, exibida segundo uma museografia delineada pelos próprios indígenas.  Dispõe também de uma extensa documentação sobre a história da região e as lutas indígenas, bem como sobre a literatura e registros visuais produzidos sobre o povo e a cultura Tikuna. Por muito tempo foi o único centro cultural do Alto Solimões e da cidade de Benjamin Constant. O museu desempenhou e desempenha um importante papel na história da luta dos Tikuna e na vida cultural da região.

Música

Este disco é resultado do projeto de pesquisa Registro etnomusicológico tikuna, fruto de parceria estabelecida entre o LACED/Museu Nacional/UFRJ e o Museu Magüta em 2002, e em especial do diálogo com Nino Fernandes e Paulino Nunes, presidente e vice-presidente do CGTT. O objetivo geral do projeto era registrar, do modo mais amplo possível, as diferentes manifestações musicais feitas pelos Tikuna. As primeiras pesquisas e gravações de campo foram feitas em maio de 2002. Naquela ocasião, foi feito um mapeamento preliminar. Dada a riqueza musical encontrada, o âmbito do projeto foi se ampliando, e buscou-se docu- mentar não apenas a música dita “tradicional”, mas também manifestações musicais mais recentes e o campo musical mais amplo onde se localiza a música tikuna. Leia mais

Música

Afinando o tutu. Nova Jerusalém, T.I. Évare II, 24/06/2004.

Onde estamos

Dias e horários de funcionamento:
Segunda à sexta, das 9h às 17h; sábados das 9h às 12h.
Telefone: (97) 98421-0059
Endereço: Av. Castelo Branco, 396 - Centro,
Benjamin Constant - AM, 69630-000

Situado a 1.200 km de Manaus, o Museu Magüta está localizado na cidade de Benjamin Constant (AM), ponto de acesso às 15 terras indígenas, todas demarcadas e regularizadas, habitadas pelos Ticuna.

O museu funciona como centro de referência para seu povo, cuja população está em torno dos 47 mil indígenas, sendo a maior população indígena do Brasil, distribuída nos nove municípios da microrregião do Alto Solimões, além do médio Solimões e na cidade de Manaus. Sua população também está presente em comunidades na Colômbia e no Peru.

Como
chegar

Por Manaus – Vôos regulares para Manaus fornecidos pelas principais companhias áreas. De lá pegue uma barco no porto de Manaus com destino para Benjamin Constant (MA) de lá teremos o prazer de conduzir até nosso museu

Por Tabatinga – Vôos especiais saindo do Rio de Janeiro. De lá pegue uma barco no porto de Tabatinga com destino para Benjamin Constant (MA) de lá teremos o prazer de conduzir até nosso museu.