03 Origem dos cantos Pedro Inácio Pinheiro, Filadélfia, T.I. Santo Antonio, 28/06/2004

Magüta arü wiyaegü – Cantos Tikuna – CD1 – Faixa 03 Tikuna

Pedro Inácio Pinheiro, liderança histórica do povo Tikuna e conhecedor das tradições do grupo. Perguntado sobre a origem dos cantos, da música, Pedro apresenta aquele que teria sido o primeiro canto na longa história tikuna, que começa nos tempos de Ngutapa, o “pai criador”, no alto igarapé São Jerônimo (território sagrado para os Tikuna, mais conhecido como Éware). Nele, narra o momento em que, aborrecido com sua esposa Mapana por ela não lhe dar um filho, Ngutapa amarra-a em uma árvore para ser mordida por formigas, pelo que e sai cantando de satisfação, andando pra frente e pra trás. Este evento é um dos que abre o principal ciclo de narrativas tikuna, que culmina com os nascimentos de Yoi e Ipi, personagens centrais na fundação do mundo.


Os cantos que seguem a abertura dos tutus compõem-se: de cantos estritamente ligados à Festa da Moça Nova (worecütigü), como os cantos de conselho e os cantos para ralar genipapo (CD1: 8, 10, 12 a 16); cantos que podemos chamar de “improvisos” em que, em base melódica tradicional, o cantor narra sobre feitos acontecidos, ou sobre o que acontece no momento; e cantos ligados a outros rituais ou ligados à personagem ou eventos de narrativas mitológicas (CD1: 3, 5 e 9).


Que tipo de música produz um povo indígena com dezenas de milhares de pessoas, habitante de uma região de trocas culturais seculares e cuja história de contato com o homem “branco” remonta ao século XVIII? É claro que essa música será tão diversa e complexa quanto a própria sociedade que a produz. Este disco apresenta apenas uma pequena mas representativa amostra do rico universo musical tikuna, no qual cantigas muito antigas convivem, e às vezes se misturam, com músicas tocadas em instrumentos eletrônicos, comuns nas margens do rio Solimões.

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Tipo: Músicas

Formato: Áudio e Músicas

Localização: Sala 1 - O Povo Ticuna

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Onde estamos

Dias e horários de funcionamento:
Segunda à sexta, das 9h às 17h; sábados das 9h às 12h.
Telefone: (97) 98421-0059
Endereço: Av. Castelo Branco, 396 - Centro,
Benjamin Constant - AM, 69630-000

Situado a 1.200 km de Manaus, o Museu Magüta está localizado na cidade de Benjamin Constant (AM), ponto de acesso às 15 terras indígenas, todas demarcadas e regularizadas, habitadas pelos Ticuna.

O museu funciona como centro de referência para seu povo, cuja população está em torno dos 47 mil indígenas, sendo a maior população indígena do Brasil, distribuída nos nove municípios da microrregião do Alto Solimões, além do médio Solimões e na cidade de Manaus. Sua população também está presente em comunidades na Colômbia e no Peru.

Como
chegar

Por Manaus – Vôos regulares para Manaus fornecidos pelas principais companhias áreas. De lá pegue uma barco no porto de Manaus com destino para Benjamin Constant (MA) de lá teremos o prazer de conduzir até nosso museu

Por Tabatinga – Vôos especiais saindo do Rio de Janeiro. De lá pegue uma barco no porto de Tabatinga com destino para Benjamin Constant (MA) de lá teremos o prazer de conduzir até nosso museu.